quinta-feira, 10 de março de 2011

Alegre Penar - Caio Sóh

Seduzo a tristeza que tende a cada dia me fazer mais bem-aventurado. Ando a despejar aflição, porem cada vez mais do alto, gigantesco! Angústia é meu pé de feijão. Ando prestes a rasgar o céu com os fogos de artifício que esguicham da minha solidão! Que dor luxuosa veste esse desamor. Poesia me descreve tombado no chão, por saber que aparento frágil só para correr o mundo de um balão. Felicidade mambembe bolina o caos para caçoar do amar estacionado. Sinto orgulho desse crime, desse feio corte que faço na minha criatura. Não sangro o vão, vazo o que move minha existência. Sinto-me um Deus com o direito de se arranhar em coisas pequenas. Não escrevo o que sofro somente sofro onde escrevo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário